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Kaikias é Fita Azul na Solitário

1,034 vistas· 06/05/12
veleirokaikias
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En Veleros

O Maio dos ventos amenos ao redor da Ilha de Santa Catarina é o mês da Copa Flotilha. É um campeonato atípico, criado pelos velejadores e, até bem pouco tempo, totalmente administrado pela Flotilha Catarinense de Veleiros de Oceano. Apesar das intervenções que afetam o espírito da competição, ela ainda é composta por uma regata Solitário, outra com um casal a bordo e, a terceira e última, com tripulação completa. Interferências a parte, dezoito velejadores inscreveram suas embarcações para a largada às 12 horas do sábado, 5 de maio, para uma regata de pouco mais de 12 milhas na baía Sul. Era um bate-volta à Ilha do Largo com previsão de Nordeste fraco. Seria popa na ida, contravento na volta. A decisão de colocar o C30 na raia para uma regata em solitário não foi fácil e só aconteceu na véspera da largada. Nenhum dos barcos que costumamos velejar foi construído para ser tocado por um só tripulante, mas com algumas pequenas adaptações e muita vontade, o desafio é encarado e, muitas vezes, completar a prova é motivo de orgulho maior do que qualquer resultado alcançado. É a essência do espírito do esporte: superar-se! O Carabelli 30 foi projetado para ser velejado em regata por pelo menos uma dezena de mãos. Timoneiro havia, mas na prática faltariam oito braços que seriam utilizados nos runeres, nas manobras do assimétrico, nas escotas, no controle da vela grande. Piloto automático, permitido nesta regata, também não havia. Foi substituído por um cabo, o travaler ficou travado no meio do barco e a decisão de não subir o assimétrico de 105 m2 na regata foi cumprida a risca, apesar da enorme luta entre o in e o yang do único tripulante a bordo. Para a montagem do barco houve o precioso auxílio do Fipa Linhares, do Inácio Vandresen e do Cezinha Gomes que, interessados em conhecer o C30, velejaram por meia hora antes da largada. Gostaram! Desta vez não eram muitos os que teriam condições de lutar para cruzar a linha em primeiro lugar. Apenas Alexandre Back (com o Manos3), Leonardo Call (com o Kiron), Diego Farias (com o Revanche) e Pablo Furlan (com o Freedon), além do Kaikias, a incógnita na raia de velejadores solitários, poderiam aspirar a fita azul. A lista dos que não se apresentaram para correr seria muito maior. O Kaikias largou na CR, afastado do bolo, junto com o Vendaval e logo viu que a coisa não seria nada fácil. Nos primeiros metros da regata o Ranger 26 do Edmar Nunes Pires, arribado, chegou a ter mais velocidade do que o C30, que optou por seguir totalmente empopado em direção à Ilha do Largo. O Manos3 pela esquerda e o Kiron pela direita, ambos com balão armado, informavam que o assimétrico faria enorme falta nesta perna de vento fraco e a favor. E não deu outra. De nada a adiantou asa-de-pombo, velejar orçado ou arribado. Quem vinha de balão montou a Ilha antes. Manos3 e Kiron chegaram muitos minutos na frente. Revanche, Freedon e Kaikias contornaram a marca praticamente lado a lado. O vento, que até então não havia passado dos 10 nós nas rajadas, subiu para 14, com rajadas de 16, quando iniciou o contra-vento. A dúvida em velejar com vento mais forte e sozinho no C30 transformou-se em delícia. Assim que colocou a cara no vento, o barco encontrou seu melhor ângulo de orça e ganhou velocidade. A tática escolhida previa pernas longas, com o mínimo de cambadas, por isto a opção de cambar logo após a Ilha e seguir em direção ao continente. Mas como os ponteiros da flotilha escolheram velejar junto à Ilha de Santa Catarina, ficava difícil comparar as velocidades. Uma cambada de retorno em direção ao Aeroporto Hercílio Luz mostrou que não havia ninguém à frente, mas isto não era o mais importante. Claro que se ver na ponta de uma flotilha é bom, mas o que valia mesmo era sentir a velocidade crescente, entender mais como o barco responde às pequenas mudanças de regulagens das velas e aos ajustes do leme, aprender com a manobra conservadora que a próxima poderia ser mais ousada. É um barco extraordinário! Foi ele, não seu comandante, quem cruzou a linha de chegada quase dez minutos na frente do segundo colocado. Tarcísio Mattos Comandante do Kaikias

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