Veleiro Barba Negra #102 - Mergulho terapia nas Ilhas Virgens Americanas

Enquanto estávamos em quarentena, no começo felizes pelo descanso, depois entediados e preocupados pela situação do corona se alastrando, só tinha uma coisa que podíamos fazer o tempo todo que nos fazia parar de psicar com o lockdown: mergulhar! Beber certamente estava na lista, mas mergulho era mais eficiente! Sempre quando mergulhamos, não temos todo o tempo do mundo. Ou são mergulhos programados com tempo cronometrado pelo ar do cilindro, ou são mergulhos de alguns poucos dias no mesmo lugar. Mas mergulhar diariamente duas ou três horas por dia nos deu a chance de conseguir observar em detalhes cada pequeno (e grande) serzinho do fundo do mar! Nossos mergulhos foram organizados por setor, tinha a parte mais perto da praia, a parte do fundão, um coral grandão bem no meio da ancoragem, as cavernas de lagostas perto do aeroporto e milhares de pedras adornadas com lindos corais e peixinhos pelo caminho. Isso só em Brewers Bay! Cheguei ao ponto de escanear longos gramados e observar os micropeixinhos que moravam nele! Crown Bay foi um show à parte! Nos primeiros mergulhos ouvíamos um barulho ensurdecedor de motores, parecia que estavam construindo um prédio no fundo do mar! Era surreal! Depois entendemos que eram as máquinas dos navios do porto. Era quase absurdo mergulhar e ver tanta beleza: peixes de várias espécies, lulas, tubarões, camarões (daqueles vermelhinhos e brancos que só tinha visto em documentários), arraias... e logo ao lado um porto com navios enormes carregado de containers! Parte do encantamento era porque eu estava evoluindo no snorkel. Ficando quase um minuto embaixo d'água, empolgada com isso, assistíamos à vídeoss de técnica de apnéia à noite. Rs A sensação de "voar" no mundo aquático combinada com uma quantidade incrível de belezas para admirar era o antídoto perfeito para a ansiedade de acompanhar as notícias e ver a temoorada de furação cada vez mais perto.